segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Prostituição

A modernização da sociedade brasileira tem muito a ver com o início da urbanização, o fim da república e a ascensão da indústria em nossa economia, ou seja por volta de 1920, 1930. Falei isso por dois motivos: fazer jus à falta de textos daqui, mostrando que tenho estudado pelo menos história do Brasil; mostrar há quanto tempo que nossa sociedade vem se modernizando.

Nesses quase 90 anos muito aconteceu: mulheres começaram a trabalhar, ganhar seu dinheiro, casar com quem queriam, ou não casar, morarem sozinhas, dar pra quem quisessem, etc (embora nesse último item ainda haja muito preconceito, tanto por parte deles quanto por delas, sendo que suspeito que estas sejam até mais que aqueles). Com essa liberdade de se relacionar, de transar sem engravidar (tomadas as devidas precauções), muito mudou por aqui. Contudo alguns impasses ainda se encontram nessa transição 1920/30-2000/10, sendo que um deles é biológico: homens não engravidam, mulheres sim. Ou seja, quem tem que tomar mais cuidado é ela, uma vez que hoje não se é necessário saber o nome pra transar, muito menos saber se vai assumir um filho, ou o telefone pra contato em caso de gravidez. O outro é da mentalidade da sociedade, com as diferenças entre os sexos diminuindo quem deve pagar a conta?

A mulher hoje ganha seu dinheiro, mora sozinha, sai com quem quer, quando quer e onde quiser, mas isso porque muitas antes das de hoje aceitaram serem taxadas de putas, de "fáceis", de perdidas, para fazer o que queriam com seu corpo e experimentar o que há por aí . Mas parece que as mulheres do século XXI se esqueceram disso e acham que conseguem todo esse poder por causa de seu corpo, não por serem iguais aos homens. Nessa onda de poder da mulher, de o sexo frágil ser o masculino, de manipulação da xana sobre o homem, as mulheres se perderam e acabaram se tornando um produto. É um favor você homem sair com esse belíssimo produto, que custou muito caro pra ser produzido, sabia? Não sei quantos reais de depilação, mais outros tantos de tratamento com o cabelo, mais o caralho a quatro de maquiagem, isso pra falar dos gastos na linha de produção que eu conheço, deve haver muitos outros procedimentos que eu desconheço. Além disso, ainda há os manufaturados que vêm sem itens de série e tem que pagar pelo opcional(se não ficou claro eu to falando de cirurgia plástica). Por isso você deve pagar caro pra ter só a presença dessa bela peça na sua mesa. Desculpem meninas, mas o dia em que eu sair com uma mulher pra consumi-la eu vou na Augusta e não num restaurante, onde eu pagaria por tudo sem ter garantia nem de degustação. Parece que a ideia de mostrar como o homem é igual à mulher ficou muito pequena pra você e na verdade ele está abaixo, por isso paga pela sua presença. Ou até que esse "favor" que vocês nos fazem se deve ao fato de vocês não se divertirem nos restaurantes, nos bares e nos motéis, tão lá simplesmente acompanhado, e sendo pagas para isso. Mais uma vez, prostituição.

Porra! Você não é objeto mulher! Para com essa ideia de que o cara tem que obrigatoriamente te pagar um monte de mimos! Presentes são ótimos, os que se podem compartilhar, como um jantar e um motel, melhores ainda. Mas pera aí! Eu não conheço muitas pessoas que dão presentes pra estranhos. Seja mais humilde e perceba que você é como nós, alguém tentando ter um pouco de diversão com outra pessoa, seja por uma noite ou por uma vida.

Um comentário:

  1. Pedrão, isso aí tá me lembrando de um texto do blog.desfavor.com, se não me engano na sessão Sally Surtada. Será que aqueles trolls se inspiraram em você?
    E aí, continuas querendo gastar o tempo da faculdade com um curso desnecessário (o STJ já disse que é) ou vais cursar Letras e pegar umas optativas de fotografia na ECA?
    Forte abraço!

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