sábado, 30 de junho de 2012

Vai querer brigar?

Hoje me deparei com um ótimo texto, bem provocativo e interessante. Como quase sempre, eu o encontrei por compartilhações do Facebook (ah, o "compartilhar", a salvação e a desgraça da invenção de Mark Zuckerberg). O texto é esse aqui.

Depois de ler, eu fiquei pensando sobre a infalível ética que a autora sugere que deve reger nossas vidas, "pois pra mim, se você vê isso acontecendo e não fala nada, você também é opressor". Pelo que eu entendi, ela sugere que se você não é parte da solução, então é parte do problema. Essa rigidez moral de "ou você defende, ou você oprime" é uma visão ótima para reflexão: ela toca, ela te coloca no lugar da vítima. Contudo, é uma péssima maneira de viver.

Alguém que siga esses parâmetros à risca da linha não irá conseguir se relacionar. Pior, só irá se relacionar com pessoas que têm exatamente os mesmos ideais que ela, já que, por essa lei "omissão=opressão" irá combater qualquer fala em sentido contrário às suas crenças. Imagine o peso de viver com essa diretriz a vida inteira. Imagine brigar com cada um que te fura a fila, que te corta no trânsito ou que fica parado à esquerda nas escadas do metrô. Isso só no âmbito da organização das pessoas fisicamente, se formos para o campo das ideias, estamos amaldiçoados por essa lei. Imagine brigar com qualquer um que fale que bandido bom é bandido morto, que mulher é objeto, que é negro não é gente, que fizer piada com o holocausto, com doenças mentais ou físicas, com outras etnias, que fale mal do Palmeiras, do Corinthians, do São Paulo, do Santos, do Brasil, dos EUA, do cristianismo, do islamismo, do budismo, do ateísmo, do nudismo, do PT, do PSDB, do PV, do PQP, pqp!

Não dá. A vida em sociedade é angustiante, no sentido de que somos egoístas a ponto de não querermos que os outros tenham pensamentos contrários aos nossos, mas tem que ser convivida. Por isso, acredito que, sim, "omissão=repressão" é um pensamento válido, é ótimo, mas, se adotado, pode ser uma maldição. Não quero dizer aqui que defender seus pontos de vista é estupidez, só que defender TODOS os seus pontos de vista é estupidez.

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Léxico jornalístico, uma diferença entre vida e morte

Já no cursinho me ensinaram a importância da escolha lexical quando se escreve eu um texto. Para quem não sabe isso é só um nome técnico para a escolha das palavras que serão utilizadas. Pois bem, apesar deu ter adquirido esse conhecimento no já ido ano de 2008, é agora como jornalista que vejo explicitamente o poder disso. Explico porquê.


Até antes da revolucionária "Primavera Árabe" (revoluções movidas pelas redes sociais e que depois tiveram apoio da grande imprensa), ninguém na mídia se referia ao ditador Muamar Kadafi como um ditador. Ele era o "presidente" da Líbia. Assim como hoje ninguém se refere a Hu Juntao, "presidente" da China, como ditador. Feita essa comparação, chamo atenção ao fato de que os veículos de comunicação esperaram a população se rebelar contra o "presidente" para declará-lo ditador. Antes não era? Para que a China seja vista como ditadura e, consequentemente, seu líder seja visto como um ditador, é necessário que o governo chinês reprima publicamente sua população que busca direitos exaltados no Ocidente? E já não o fez em 1989 em plena Praça da Paz Celestial? Se ao menos as coisas fossem "Made in Líbia", talvez Kadafi ainda fosse presidente.

Trazendo o problema da mídia em não dar nome aos bois para mais perto, chamo atenção a esta manchete: "Marcha da Maconha é proibida no DF e vira ato por liberdade", que é da Folha Online, mas poderia muito bem ser do Estadão ou do G1. Em uma busca rápida no Google, nota-se que a palavra encontrada nas manchetes é "veto" e "proibição". Quando aparece qualquer derivado da palavra "censura", é justamente assim, entre aspas. Não há um grande veículo que chame essas decisões do Judiciário pelo nome que lhes é correto: censura. Embora pareça simples, ou mesmo tola, essa diferença é crucial para a formação da opinião pública.

Estudos apontam que a maioria dos leitores de notícias lêem apenas a manchete, menos ainda lêem o primeiro parágrafo da matéria, e assim segue essa proporção inversa até se descobrir que somente o autor leu o último parágrafo. Sendo assim, colocar na manchete a palavra "CENSURA" é crucial para se divulgar a ideia de que tais decisões do judiciário são exatamente isso (não precisa nem ser em "caps" e negrito).

A grande implicação dessa troca é trazer a palavra "censura" ao debate sobre o assunto. Essa palavra tem um grande poder no consciente brasileiro e alimentaria o debate público (que, até onde sei, é finalidade do jornalismo). É verdade que radicais de esquerda a utilizam demais e acabaram por banalizá-la, mas, ainda assim, nossa grande imprensa não pode ter medo de deixar o discurso "chapa branca". Ela, assim como os que foram à marcha, tem que se movimentar, sair da sua zona de conforto. Pode até ser que também tome porrada, mas vai se mostrar viva. Porque, enquanto chamar ditador de "presidente" e censura de "proibição", vai continuar perdendo para Twitter e Facebook.

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Videologs!

Ae pessoal, finalmente comprei a câmera e agora posso fazer videologs, isso quer dizer que eu não vou mais ficar escrevendo aqui? Sim, muito provavelmente vou ficar só nos videologs. Aqui vão os três que eu já fiz (os dois primeiros com webcam e o segundo com a câmera que comprei):








domingo, 12 de dezembro de 2010

Mar agitado

E não é que minha maré mudou? Hoje foi um puta dia da hora. Aliás, desde que eu escrevi no blog, ontem à noite, as coisas melhoraram. Eu tinha que acordar cedo hoje pra resolver o negócio da minha ID, mas resolvi passar um tempo com os caras do meu ap e a gente conversou pra caralho, demos umas risadas e fui dormir umas 23h, mas valeu a pena. Acordei às 5h e me aprontei pro trabalho, chegando lá já tava pronto pra me foder com esse negócio de ter perdido a minha ID, mas aí quando cheguei na "breakroom" eles me falaram que tinham encontrado minha ID!!! Na hora do almoço comi meu macarrão com atum, um gostinho lá de casa.
Hoje o treinamento foi ver cada uma das posições do trabalho e trabalhar um pouco em cada uma delas, foi muito legal. Eu tava na entrada, recebendo os guests e checando a altura das crianças, quando chegou um dos meus colegas de trabalho e perguntou qual era a língua que eu falava e eu disse português, e ele falou que precisava de alguém que falasse francês. Aí eu falei que tinha um "poor french, but I mean really, really poor". Eles falaram pra mesmo assim eu ir falar com o cara (e a família dele), porque as pessoas se sentem mais à vontade quando podem usar a sua língua e tal. Até hoje eu nunca tinha falado em francês com nenhum francês, na verdade eu nunca nem tinha falado com um francês. Cheguei pra ele e falei "Je parle un peux du français" ("eu falo um pouco de francês") e falei também "oublié tout, seulement m'embrasse" (OK essa segunda frase eu não falei, mas vale de piada pra quem tava no TUSCA, especialmete pro Caiuã, que tá ligado qual é o poder desse mantra). Não precisei falar mais nada. Ele começou a vomitar um monte de coisa e entre um "attende"(esperar), um "FAST-PASS" e um "Main entrace" eu entendi mais ou menos o que ele queria. O cara tinha pego o Fast-Pass pra todo mundo e não sabia como usá-lo, aí eu confirmei ou neguei algumas afirmações que ele fazia e no fim falei o horário que ele tinha que entrar na fila do Fast-Pass. Problema resolvido. Foi muito divertido.
Fiquei também na área em que a fila normal e a do Fast-Pass se junto e fica bastante gente esperando lá, aí uns brasileiros que viam na minha plaquinha que eu também sou do Brasil passavam por mim e falavam "Oi" e quando eu respondia em português eles ficavam muito felizes. Daí quando eu tava organizando as pessoas pra entrar na sala do simulador, ainda uma outra posição, chegou uma escursão da Forma Turismo com 50 brasileiros. Antes da galera entrar na sala eles vêem um videozinho e o cast members falam algumas coisas, aí um deles pediu pra eu fazer uma tradução simultânea, foi louco.
Agora tô aqui no apartamento assistindo ao futebol americano com o Luck (esse é o sobrenome dele, ele é descendente de irlandeses), amanhã vou fazer lavanderia e dar um rolê em algum parque provavelmente. To me sentindo muito bem, mesmo. Como pode mudar o humor tão rápido assim? Aliás, por falar em mudanças repentinas, hoje até fez sol e um certo calor aqui, mas depois ficou frio e chuvoso.
Até eu comprar uma câmera vocês continuam imaginando e eu escrevo: Gallo away.
Disney - Lugar para poliglotas

sábado, 11 de dezembro de 2010

Não foi dessa vez...

Que a morte me pegou!
OK exagerei MUITO no começo, mas é que jornalista é assim mesmo, safado!
É galera, vão ter que esperar ainda mais uma semana por meus videologs, na quinta-feira eu fiquei muito pior, acordei às 4h com 37,3 de febre e tomei um naldecon, melhorei. Ao meio dia (meu primeiro dia de trabalho começava às 13h45) a febre voltou, estava com 38. Liguei pro meu chefe e falei que não poderia ir porque estava doente. Fui para um "care center" que a assistência médica internacional me indicou e lá o médico que tinha um puta sotaque indiano me receitou um descongestionante e um antibiótico (os quais estou tomando religiosamente), foda foi entender a frequência e o período pra tomar os remédios, ele me mandou falar com as enfermeiras porque "elas falam espanhol", como se fosse o inglês que estivesse me atrapalhando de entendê-lo ( galera, modéstia a parte, eu to me sentindo o stifmeister do inglês aqui, to entendendo o que todo mundo me fala e tal, às vezes é foda entender uma ou outra pessoa, que fala de uma maneira mais diferente). Falei com as enfermeiras e entendi como era pra tomar, fui pra farmácia e gastei US$60 em remédio. Tomei na mesma tarde mas passei o resto do dia com febre.
Acordei no dia seguinte, sexta, já MUITO melhor do que na quinta(não desejo pra ninguém a solidão que eu senti na quinta, foi o momento mais depressivo da minha vida, ficar muito mal sem ter ninguém pra te ajudar - ainda bem que eu comprei um celular aqui que me permite fazer chamadas internacionais ilimitadas e aí pude contar com a ajuda dos meus pais, mesmo que só por voz). Fui pro treinamento, levei o atestado e tal. No fim do dia percebo que perdi minha Disney ID (é sério), ou seja, sem parques de graça nos meus days off, que por sinal são na segunda e na terça. Na verdade sem essa ID eu não posso nem entrar na área dos Cast Members sem meu gerente estar lá pra me por pra dentro. E, embora eu tenha ligado muitas vezes pra ele, ele não atendeu.
Minha sorte é que hoje era meu "Discovery Day"(que é um dia só pra gente conhecer melhor o Epcot e sua história - se muitos se manifestarem nos comentários pedindo a história do Epcot, eu posto aqui) e a rotina foi diferente, então não precisei do gerente pra entrar. Procurei de novo no achados e perdidos e não estava lá, ela se foi mesmo. Depois das atividades do "Discovery Day" eu liguei pro meu gerente de novo, afinal só ele pode começar o processo de me fazer outra Disney ID, mas pra variar ele não atendeu o telefone e eu deixei um recado avisando sobre minha situação. O mais foda é que isso vai me custar US$35, ou seja, 5 horas de trabalho (se fode ae...).
Amanhã é mais um dia de treinamento e eu já vou tentar agilizar esse negócio da minha nova Disney ID. A merda é que provavelmente ela não vai ficar pronta em um dia, então não vai ser nesses meus days off que eu vou finalmente para os parques como um Guest. Nóis manolo, pelo menos to fazendo macarrão com atum aqui e tá gostoso.
Provavelmente quinta que vem eu vou poder comprar a câmera na Best Buy, a não ser que meu turno seja o da tarde até a noite, 13h45 ~ 22h30, porque aí não tem como ir, já que os ônibus pra Best Buy só começam a sair às 11h e não dá tempo de ir lá, voltar e ir pro trabalho. Mas, se isso acontecer, eu compro a câmera no Walmart mesmo que pelo que eu vi hoje tinha algumas boas.

Nóis na ação anbitiótica manolo! Agora deixa eu comer meu Snickers gigante de 50 centavos...

Disney - Aindo tô pra ser seu Guest...

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Primeiro dia de trabalho coletivo é amanhã!

Aos que ainda não sabem: trabalharei no simulador de asa delta do Epcot chamado Soarin.
Então galera to loco pra fazer um videolog, só que não tenho uma câmera, vou comprar na quinta feira, quando vai ter ônibus pra best buy!
Só que não esperem pelo padrão de qualidade na edição, já que não terei tempo pra isso, vou só filmar e colocar no ar. Ficar escrevendo no meu blog seria uma boa, mas toma muito tempo!
Amanhã é meu primeiro dia de trabalho, vou estar lá com o bottom de animal sendo adestrado, mas meu turno começa só às 13h45(e vai até 22h30) portanto vou ver se de manhã eu compro a câmera e faço o videolog.
Hoje foi formalmente meu primeiro dia de trabalho, chamado "Traditions" mas que na verdade é só uma aula. Mas foi bem legal, sabe aquele rumor de que tem um túnel debaixo do Magic Kingdom? É verdade, eles levaram a gente pra conhecer \o/! A gente também finalmente recebeu nossa Disney ID, com ela podemos entrar nos praques de graça e temos desconto em um monte de coisa, na disney e nos outlets de orlando(e lá se vão meus dólares). Ah lembrando que só ganha lembrancinha quem foi na minha despedida! E o Caiuã vai ganhar duas, porque o cara me pede um chaveiro do Mickey desde 2007!
A má notícia é que eu tô doente!!! Tá muito frio aqui em Orlando, entre 0 e 10 graus celsius e esse negócio de ficar saindo e entrando de lugar com aquecimento me deixou resfriado. Já tomei um naldecon dia e daqui a pouco, antes de dormir(lembrando que a diferença no fuso é que São Paulo tá 3h na frente), tomo um noite. Por causa disso ainda não fui nos parques!!! Passei a tarde toda dormindo e vendo se melhorava, não deu muito certo, ainda to mal =/
Não queria terminar com má notícia, mas foi o que sobrou. Amanhã então provavelmente vocês me verão num videolog e depois de amanhã, já que eu devo chegar tarde do trabalho, eu conto como foram o primeiro e o segundo dias.
Beijos a todos!
Disney - We create Happiness

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Videologs

Bom, aqui vão meus três últimos videologs:










É isso ae, divirtam-se!

Programas educativos que sofrem preconceitos

Em época de eleição aviso aos candidatos que o que mais me preocupa no Brasil é a educação, e não estou falando de bons modos (até porque nunca primei por eles aqui no blog). O estudo é essencial para o desenvolvimento de uma nação, porque é a única forma de se modificar uma sociedade, para o bem e para o mal. Isso porque a reforma é na mente da população e não apenas uma modificação física, uma ponte, um viaduto, uma avenida (sim, estou falando de você, Maluf).

Sobre programas de educação na TV não há muito o que falar. Tem o Telecurso 2000, mas acho que quem tem tempo pra assistir aquilo não são realmente as pessoas que poderiam usar aquela informação de forma a crescerem profissionalmente. Fora o telecurso não conheço nenhum outro programa explicitamente educativo. É aí que entram os programas de humor. Há um provérbio latino que diz "ridendo castigat mores", rindo se castigam os costumes, ou rindo se castiga a moral. Ou seja, quando rimos, sublevamos aquilo que uma vez fora sério, constatamos a podridão em que algum conceito, instituição ou pessoa se encontra. Aqui no Brasil por mais que se façam piadas sobre tudo, não há nada mais que nos agrade do que rir da política. A falta de confiança que temos nos nossos representantes do executivo e do legislativo (que, diga-se de passagem, fomos nós mesmos que escolhemos) se mostra por esse fato.

O humor é uma forma de percepção tão aguda que invevitavelmente temos que expressá-lo através de nosso corpo de alguma forma, e acredito que essa ideia siga a razão de quanto mais reveladora a percepção, mais intensa é a nossa expressão, chegando no ápice ao choro. Portanto, um programa cujo objetivo é causar a percepção de alguns fatos, e principalmente de alguns podres, pra mim pode ser considerado um programa educativo (e com uma audiencia e abrangência muito maior do que a Telecurso 2000). Dessa maneira, capar a nossos professores, como fez o TSE, em plena época de eleição é um deserviço absurdo e que não deveria passar impune. Contudo, acredito que nossos professores ainda não tiveram tempo de nos ensinar essa lição.

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Autoestima

Certas atitudes me deixam com vergonha alheia. Eu fico incomodado ao vê-las, mas isso é um problema meu. Assim como eu tenho esse impecilho, tem também gente que precisa causar muita vergonha alheia pra se sentir bem. Os "bolanders" de balada e academia, os caras com o celular tocando música muito alta no metrô ou no ônibus, as pessoas que bebem até cair (ou então nem bebem tanto assim) e falam que estão MUITO bêbadas, entre outros.
É fato, o ser humano precisa de atenção. Olha pra mim, eu tenho um blog e um videolog pra ver se as pessoas e dão mais atenção e gostam mais de mim (e antes que você me pergunte, não, elas não gostam mais de mim por isso, mas eu tento). Só que tem gente que estrapola e a vergonha alheia se torna raiva. E aí em vez de a pessoa se tocar ela fica mais feliz, e começa a se sentir de invejada e de uma hora pra outra (não sei como se dá esse processo) começa a se sentir melhor que todo mundo. O se humano é uma besta mesmo. Claro que a inveja existe, mas tem gente que cria todo um mundo que sente inveja dela e ela se alimenta disso pra aumentar a autoestima, principalmente as que querem se sentir "jovens e abalando".
Acho que, pra alguém assim, descobrir que essa inveja toda não existe, e que tem muita gente que só tem dó seria terrível, a pessoa perderia o chão. Claro, acabaria com a fonte da sua autoestima, e ninguém sobrevive sem isso. Isso me deixou pensando em algumas coisas: será que transformar todo o mundo à nossa volta pra poder alimentar nosso ego e nossa autoestima é benéfico ou maléfico? Estaríamos plantado uma armadilha para nós mesmos? Será que já não fazemos isso em nossa vida e nem percebemos, só conseguimos ver esses mecanismos no outro?
Eu sei, é duro só lançar a questão e nem sequer esboçar resposta, mas acho que pra responder essas daí só com o psicólogo do lado.

Abaixo, o meu segundo videolog, fique à vontade pra comentar e se inscrever no canal.

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Metrô

É impressionante como há pessoas que não ligam para algumas coisas simples como regras de uso do Metrô. Simplesmente ignoram qualquer mensagem dada pelo condutor do trem, pelos cartazes e até pela TV Minuto. E, não, eu não acho que regras foram feitas para serem quebradas, acredito que tenham sido criadas para serem discutidas.
Você acha que o governo gasta tanto dinheiro em anúncio ensinando que é pra ficar à direita na escada rolante, ou pra esperar as pessoas saírem antes de entrar no trem, ou pra não ficar na região das portas, porque ele gosta de encher o saco? E os condutores, ficam falando isso toda hora por que se sentem solitários na cabine e precisam falar com alguém? Essas regras, ou pra amenizar um pouco, essas indicações são para fazer das estações de trem e das viagens algo mais confortável, para que todos se respeitem, para que o fluxo de pessoas seja melhor.
Como exemplo da ignorância às indicações e de como elas têm sua importância vou citar o caso de uma amiga. Uma vez enquanto estávamos no trem ela me disse que devia haver um consenso: ou se espera as pessoas entrarem no trem ou se esperava as pessoas saírem do trem, porque todos ao mesmo tempo vira uma bagunça que só estressa e frusta os usuários do Metrô. Eu falei pra ela que existia essa convenção e que ela era divulgada por placas nas estações e nos trens, ao que ela me respondeu que nunca tinha reparado.
Essa situação ilustra o absurdo. Será que nós estamos tão preocupados com nós mesmos e nossos problemas que não só ignoramos placas e avisos, mas também o direito dos outros, como se isso fosse algo normal e aceitável? E a partir dessa ignorância propomos melhorias à convivência que já existem, mas ninguém as segue porque estão todos fechados em suas bolhas ( por mais clichê que essa imagem possa ser)? Ainda outro círculo vicioso que espero um dia acabar (eu sei que a ideia de um círculo vicioso é exatamente não acabar, que isso seria incoerente, mas não tire os sonhos de um jornalista, sem isso só nos resta o diploma, que já não vale muito).

Ainda baseado nesse assunto, posto aqui o meu primeiro videolog: