segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Saldos

Há algum tempo que percebo a existência no mundo de um certo equilíbrio, o saldo é sempre zero. Para que alguém ganhe mais dinheiro, alguém tem que perder. E isso não é só no nosso sistema econômico, antes que acusem o capitalismo. Os seres vivos para terem maior tempo de vida devem tirar a dos outros. Isso me deixa muito incomodado. Como assim? Em um universso de todas as possibilidades porque vim parar em um mundo em que para se viver deve se tirar a vida? Pelo menos esse é o exemplo que a natureza nos dá, exceto pelos autótrofos, que, por sua vez, não representam nem metade dos seres vivos. Talvez fossem eles as verdadeiras espécies superiores.

O ser humano copia quase tudo da natureza e, com isso, temos essa situação em que um ganha para que outro perca disseminada por toda a sociedade. Esportes, tempo, negociações, vestibular, relacionamentos em geral. Na verdade acredito que a única coisa do mundo que escapa a essa lista sejam os relacionamentos amorosos (não necessariamente entre amantes, mas os entre amigos e entre parentes também). Pensei no conhecimento como outra exceção. Mas hoje o conhecimento não é mais gratuito: se paga por TVs, computadores, internet, canais de notícia e jornais. O único conhecimento que nos é dado, e não comprado, é aquele movido por um sentimento de amor. Nos relacionamentos amorosos se compartilha muito o conhecimento e o amor por si só. Por mais clichê que possa parecer ( e eu costumo parecer clichê) o amor é a única saída desse mundo. Somente através dele se acumula sem ter que tirar do outro. Não sei se estou conseguindo explicar o poder disso tudo. O que estou dizendo é que nesse mundo nada se ganha sem que outro perca e que é só com o amor que conseguimos quebrar essa lei da natureza.

Resumo: S2 (Este resumo é da Gabi/Teefy Falsa)

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