quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Programas educativos que sofrem preconceitos

Em época de eleição aviso aos candidatos que o que mais me preocupa no Brasil é a educação, e não estou falando de bons modos (até porque nunca primei por eles aqui no blog). O estudo é essencial para o desenvolvimento de uma nação, porque é a única forma de se modificar uma sociedade, para o bem e para o mal. Isso porque a reforma é na mente da população e não apenas uma modificação física, uma ponte, um viaduto, uma avenida (sim, estou falando de você, Maluf).

Sobre programas de educação na TV não há muito o que falar. Tem o Telecurso 2000, mas acho que quem tem tempo pra assistir aquilo não são realmente as pessoas que poderiam usar aquela informação de forma a crescerem profissionalmente. Fora o telecurso não conheço nenhum outro programa explicitamente educativo. É aí que entram os programas de humor. Há um provérbio latino que diz "ridendo castigat mores", rindo se castigam os costumes, ou rindo se castiga a moral. Ou seja, quando rimos, sublevamos aquilo que uma vez fora sério, constatamos a podridão em que algum conceito, instituição ou pessoa se encontra. Aqui no Brasil por mais que se façam piadas sobre tudo, não há nada mais que nos agrade do que rir da política. A falta de confiança que temos nos nossos representantes do executivo e do legislativo (que, diga-se de passagem, fomos nós mesmos que escolhemos) se mostra por esse fato.

O humor é uma forma de percepção tão aguda que invevitavelmente temos que expressá-lo através de nosso corpo de alguma forma, e acredito que essa ideia siga a razão de quanto mais reveladora a percepção, mais intensa é a nossa expressão, chegando no ápice ao choro. Portanto, um programa cujo objetivo é causar a percepção de alguns fatos, e principalmente de alguns podres, pra mim pode ser considerado um programa educativo (e com uma audiencia e abrangência muito maior do que a Telecurso 2000). Dessa maneira, capar a nossos professores, como fez o TSE, em plena época de eleição é um deserviço absurdo e que não deveria passar impune. Contudo, acredito que nossos professores ainda não tiveram tempo de nos ensinar essa lição.

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